sobre cheiro de frescor
sorriso não-mencionado
Eu continuo deitado no chão da sala. Largado seria uma descrição melhor.
Eles dizem que eu deveria sair, esquecer... Eu sou o homem da relação. O homem deveria ser o forte, o insensível, não deveria? Eles dizem que eu deveria pegar qualquer mulher na balada, porque é assim que as coisas devem ser, é assim que homens se comportam e eu não deveria ficar sofrendo por uma qualquer.
Eu não consigo. Ela tem uns olhos tão bonitos, tipo... Quando ela fica na frente do sol e os aperta, eles ficam tão tão tão tão pequenininhos, mais do que já costumam ser. E quando a gente deitava junto, o cabelo dela ficava todo espalhado pelo meu travesseiro, deixando o cheiro dela em todos os lugares. Parecia que eu tinha o universo todinho no meu quarto quando a única coisa que eu conseguia ver eram seus fios tingidos que tinham cheiro de tinta e frescor. E era tão tão tão tão bom.
E ela tem essa boquinha tão linda e tão doce, quando a gente se beijava parecia que nunca ia ter fim e minha maior vontade era que nunca tivesse mesmo. Principalmente quando ela colocava as mãos embaixo da minha camisa e a única coisa que eu podia sentir eram os dedos dela em mim e... cara, era tão maravilhoso. E ela tem um narizinho tão delicadinho, acho que é o nariz mais bonito que eu já vi em toda a minha vida, também era lindo quando ela o encostava em meu pescoço e ficava só respirando e... Era tudo tão bom.
E ela era toda feita de magia e doce, desde o corpo até a mente, cada pedacinho dela era perfeito para mim. O mais doído é que eu ainda acho que tudo em nós combina demais. Desde o gosto para sabor de sorvete até a opinião sobre o presidente. Os dedos dela encaixavam perfeitamente aos meus e era tudo tão bom quando ela simplesmente respirava bem pertinho de mim e eu conseguia sentir todo o cheiro dela e as sensações geladinhas que os toques e as palavras dela me proporcionavam.
E ela me revirou por inteiro. Mexeu, fuçou bem fundo, mudou e se encaixou em tudo. E então... foi embora. Ou talvez eu quem tenha ido.
Eu só queria seu cabelo de universo no meu rosto de novo junto com cheiro de frescor e gosto de morango com canela. Ela, com certeza, não é uma "qualquer".
Acho que eu deveria voltar a beber. Ou deveria pedir perdão à ela. Talvez o arrependimento não seja tão ruim assim. E todas as mulheres na boate não me parecem tão atraentes assim...
Eu continuo deitado no chão da sala. Largado seria uma descrição melhor.
Eles dizem que eu deveria sair, esquecer... Eu sou o homem da relação. O homem deveria ser o forte, o insensível, não deveria? Eles dizem que eu deveria pegar qualquer mulher na balada, porque é assim que as coisas devem ser, é assim que homens se comportam e eu não deveria ficar sofrendo por uma qualquer.
Eu não consigo. Ela tem uns olhos tão bonitos, tipo... Quando ela fica na frente do sol e os aperta, eles ficam tão tão tão tão pequenininhos, mais do que já costumam ser. E quando a gente deitava junto, o cabelo dela ficava todo espalhado pelo meu travesseiro, deixando o cheiro dela em todos os lugares. Parecia que eu tinha o universo todinho no meu quarto quando a única coisa que eu conseguia ver eram seus fios tingidos que tinham cheiro de tinta e frescor. E era tão tão tão tão bom.
E ela tem essa boquinha tão linda e tão doce, quando a gente se beijava parecia que nunca ia ter fim e minha maior vontade era que nunca tivesse mesmo. Principalmente quando ela colocava as mãos embaixo da minha camisa e a única coisa que eu podia sentir eram os dedos dela em mim e... cara, era tão maravilhoso. E ela tem um narizinho tão delicadinho, acho que é o nariz mais bonito que eu já vi em toda a minha vida, também era lindo quando ela o encostava em meu pescoço e ficava só respirando e... Era tudo tão bom.
E ela era toda feita de magia e doce, desde o corpo até a mente, cada pedacinho dela era perfeito para mim. O mais doído é que eu ainda acho que tudo em nós combina demais. Desde o gosto para sabor de sorvete até a opinião sobre o presidente. Os dedos dela encaixavam perfeitamente aos meus e era tudo tão bom quando ela simplesmente respirava bem pertinho de mim e eu conseguia sentir todo o cheiro dela e as sensações geladinhas que os toques e as palavras dela me proporcionavam.
E ela me revirou por inteiro. Mexeu, fuçou bem fundo, mudou e se encaixou em tudo. E então... foi embora. Ou talvez eu quem tenha ido.
Eu só queria seu cabelo de universo no meu rosto de novo junto com cheiro de frescor e gosto de morango com canela. Ela, com certeza, não é uma "qualquer".
Acho que eu deveria voltar a beber. Ou deveria pedir perdão à ela. Talvez o arrependimento não seja tão ruim assim. E todas as mulheres na boate não me parecem tão atraentes assim...
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